Ágata: duas versões de uma história
A história na versão da gatinha Ágata
“Oi, eu sou a Ágata. Fui resgatada há 12 anos, com 1 mês de idade. Alguém muito maldoso deu um chute na minha cabecinha e fiquei cega. Sabe, minha família me ama muito e eu aprendi a “ver” de uma forma diferente. Brinco, peço carinho, uso a caixa de areia, me alimento (aliás comer é o que mais gosto de fazer hihihihihi) como qualquer outra gatinha. Ando pela casa toda e convivo bem com outro gato, uma cadela e até com papagaio!
Essa história de preconceito é muito feia. Já pensou o que seria de mim, preta e cega, se a minha família tivesse preconceitos? Sou muito grata a tudo o que fizeram por mim nesses 12 anos que estamos juntos. Retribuo com muuuuito carinho e ligo meu motorzinho toda hora.”
A história na versão da Andreia (mamãe da Ágata)
“Meu irmão (Alessandro) estava indo para a casa da namorada, a pé, quando viu vários filhotes abandonados no estacionamento do antigo Fórum de São Bernardo do Campo. Ele ouviu um miado mais forte, se aproximou, e viu a Ágata, com os olhinhos estourados, saindo sangue, desnorteada, mais afastada dos outros gatinhos. Ele me ligou e eu corri para resgatá-la.
Foram 3 meses entre internações e tentativas de recuperar a visão dela. Foi tudo em vão. A pancada foi tão forte que, um olho estourou e o outro afundou. Na época, meu irmão tinha uma oficina de restauração de carros antigos e a Ágata passou a morar na oficina. Enquanto meu irmão trabalhava, ela ficava no pescoço dele. Foi assim que ela cresceu.
Dois anos depois, meu irmão recebeu uma proposta de trabalho na Alemanha e se mudou pra lá. A Ágata veio para nossa casa e sempre que conversávamos com meu irmão, ele perguntava da gata e todos os outros animais (resgatados) que temos: cachorra, gato e 2 papagaios (ele era um apaixonado por animais, o primeiro a se tornar vegetariano em casa). Meu irmão demorou 5 anos pra vir nos visitar no Brasil e, assim que chegou, a Ágata o reconheceu de imediato. Dormiu com ele todos os dias e o seguia onde quer que ele fosse.
Meu irmão faleceu há pouco mais de 1 ano, vítima de um aneurisma e nossa guerreirinha continua conosco firme e forte. Com certeza, ela é um presente que meu irmão nos deixou!
Ágata, obrigada por fazer parte de nossas vidas! Vc é muito especial para nós. Te amamos muito, minha preta linda!!! Bjs mamãe!”
Depoimentos da gatinha Ágata e de sua mamãe Andreia Natali Negri.
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Bia
noss, que linda história… como pode ter “gente” tão cruel nesse mundo, coragem fazer isso com um filhotinho de gato? Pelo amor de Deus, to chocada… Mas ainda bem que a história teve um final feliz… E os irmãozinhos da Agata, como ficaram?