Entenda a importância do Dia Internacional do cão-guia
Hoje é o Dia Internacional do Cão-Guia! Na verdade, comemoramos sempre na última quarta-feira de abril que este ano, 2021, caiu justamente dia 28.
Para comemorar esta data tão importante, mas pouco divulgada, preparamos um conteúdo super especial que vai te fazer amar ainda mais esses cachorrinhos que têm um trabalho tão especial.
Se você já ouviu falar em cão-guia, mas não sabe muito sobre o assunto, cola aqui que eu te explico tudo.
O que é um cão-guia?
O cão-guia é um cachorro treinado e capacitado para trazer mais segurança e agilidade aos deficientes visuais. Os animais são responsáveis por alertar ao chegarem perto de uma rua movimentada, ajudam a atravessar a rua, desviar de buracos, descidas e até galhos de árvores. E pensando que a maioria das ruas no Brasil não são pavimentadas, esses bichinhos trabalham muito.
Por serem os olhos dos deficientes visuais, eles não devem ser distraídos por pessoas, cheiros ou outros animais. Então, se cruzar com alguém com um cão-guia, não pode parar para fazer carinho no cachorrinho. Pode até oferecer ajuda para a pessoa, mas deve ignorar o animal. Eu sei, a gente fica com um aperto no peito, mas assim ajudamos mais.
Como o cão-guia é treinado
Treinar um cão-guia não é tão simples como ensinar a dar patinha, por exemplo.
De acordo com a Super Interessante, os animais recebem um adestramento minucioso que começa quando ainda são filhotes. “Depois que nasce, o cão é adotado por uma família de acolhimento, que lhe dá um treinamento básico de obediência e de socialização. Nesta fase, ele aprende coisas simples como sentar, deitar, ficar parado, frequentar locais públicos, não correr atrás das pessoas, andar de carro e de metrô e ir à restaurantes”, afirma a treinadora Sandra Buncana de Camis, dona do canil Sambucan Assessoria Canina Integral, de São Paulo, especializado em treinamento de cães-guias.
Essa família faz um trabalho voluntário e fica com o animal até que ele complete um ano de idade, quando o cachorro volta ao canil para receber o adestramento específico. “Essa segunda fase leva cerca de seis meses. O treinamento é feito quatro vezes por semana, duas vezes ao dia”, diz o economista paulista e usuário de cão-guia Luiz Alberto Melchert de Carvalho e Silva, de 49 anos, cego desde os 14. “Durante o treinamento, o animal precisa demonstrar certas características para não ser descartado. Ele deve ser paciente e não pode ser assustado nem agressivo”, diz Luiz Alberto, que tem como cão-guia a dócil Honey, uma labrador preta de 11 anos.
Qualquer cachorro pode ser um cão-guia?
Existem algumas raças de cachorros que são mais utilizados neste processo de adestramento para a condução dos cegos, são eles: o labrador, o golden retriever, o pastor alemão, o boxer e o collie de pêlo longo ou curto.
Essas raças são as mais utilizadas devido ao temperamento, tamanho e características essenciais para a função de cão-guia. Mas independente da raça, o animal precisa ter o temperamento esperado como ser dócil, paciente, atender às ordens, ser focado e amigável. Quanto ao sexo, tanto machos quanto fêmeas podem ser cães-guias.
Cães-guia do Brasil
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem mais de seis milhões de pessoas com alguma deficiência visual e cerca de 200 cães-guia em atividade. Sim, um número muito abaixo do ideal.
No Brasil, os animais devem ter acesso irrestrito a todos os lugares frequentados por seus donos, conforme Lei n° 11.126 (2005), como restaurantes, empresas públicas, estações do metrô, supermercados, transporte por aplicativos e até aviões.
Se você presenciar alguém sendo proibido de ingressar ou permanecer com seu cão-guia em qualquer local, denuncie!
Seja voluntário!
Se você, assim como eu, ficou impactado com a pouca quantidade de animais capacitados e quer ajudar de alguma forma, eu trago boas notícias: você pode ser voluntário para ajudar no processo de adaptação do cão-guia.
O Instituto Magnos, maior centro de treinamento de cão-guia da América Latina, que fica localizado no interior de São Paulo, aceita voluntários e você pode se candidatar a uma vaga preenchendo este formulário.
De acordo com o site da Fundação Dorina, um cão-guia pode custar aproximadamente R$35 mil reais, então nem todo mundo consegue ajudar doando um animal treinado para um cego. Ser voluntário é bem mais acessível para a maioria da população.
Viu só? O trabalho do cão-guia é ou não muito especial? Me conta aqui nos comentários se você conhece alguém que tem um cão-guia e como é a rotina dele.
Até a próxima! 🦮