Quase desisti da adoção
Você já adotou algum bichinho? E já se arrependeu? Pois é, a Carol adotou e quase desistiu da adoção. Mas continua com a gente para entender direitinho essa história.
Tudo começou em 2017. A Carolina estava passando por uma situação pessoal muito triste: seu avô estava hospitalizado e todos na casa estavam bem sensíveis com as circuntâncias.
Com o passar dos dias ele foi melhorando e ela, que fazia um bom tempo vinha conversando com os pais sobre adotar um cachorrinho, voltou ao assunto e eles concordaram com a adoção.
Com a indicação de uma prima, ela conheceu o site do Amigo Não se Compra e não foi difícil se apaixonar pela Belinha. Eles passaram pelo processo de adoção normal: conversaram com o responsável pelo animal e deram andamento com a adoção.
A adoção foi super especial, mas, infelizmente, uns dias antes da Bela chegar o avô da Carol acabou piorando e inesperadamente, veio a falecer.
Como a Bela se comportava
Belinha era uma filhotinha muito enérgica e fazia xixi pela casa toda, cada cantinho tinha que ter um tiquinho de xixi. E para resolver esse problemão, a Carol pegou dicas com amigos e com a veterinária que acompanhava a saúde da cachorrinha. Mas a Bela, não era fácil!
Ela pulava muito e era muito agitada, ao extremo. Quase não dava para andar quando a gente chegava em casa. Além disso, ela adorava brincar de morder e como já estava grande, as vezes machucava. A gente sabe que nunca foi intensional, porque ela queria mesmo é brincar. Falando em brincar, dureza era andar com ela na rua porque ela puxava muito.
Outa problema que a gente enfrentava era o momento das refeições: a Bela pulava muito! A gente não dava comida, porque a veterinária explicou que “comida de panela” para eles tem que ser preparada de forma diferente. Com nossos condimentos, faz muito mal para eles. Mesmo assim, era muito complicado comer perto dela.
Já quando ela ia comer, era na velocidade da luz! Essa ansiedade por comer, poderia ser devido a ela ter dito muitos irmãos. Provavelmente, ela pensava que tinha que comer rápido para não ficar sem comida, bom foi uma das suposições que a veterinária nos deu na época.
Mas não bastava tudo isso, a Belinha ainda roía os pés da mesa. Era desesperador!
Agora, imagina a cena: todo mundo super abalado, triste e a Belinha “tocando o terror em casa”? A Carol pensou em divulgar a cachorrinha de novo no site, chegou a pesquisar algumas pessoas para uma nova adoção. Foi nesse momento que a mesma prima que indicou o site, chegou com a luz que ela precisava: “Que tal um adestrador? Olha, tem vários vídeos no YouTube que falam sobre adestramento, será que a gente não consegue mudar esse comportamento dela? Se tudo certo, ela fica. Que tal? “
A Carol adorou a ideia, mas cadê o tempo pra isso? Mas na vida, as coisas sempre dão um jeito de se encaixar! Um dia, na pet shop que ela sempre ia, viu um folder de um adestrador: eis que chega o Sr Leônidas nessa conversa!
O adestramento salvador
“O senhor Leônidas, é o verdadeiro encantador de cães! Quando ele chega, a Belinha já fica serena. Ele tem muito amor pelos cachorros, é impressionante! Ele foi sem dúvida, a peça chave para dar tudo certo. Ela foi se desenvolvendo e a gente também aprendeu a lidar com o comportamento dela.
Na verdade, nem acho que ela tenha mudado tanto. Ok, ela mudou, mas a nossa forma de vê-la, a nossa mentalidade mudou bastante também. A gente aprendeu a lidar com ela. O adestramento mudou nossas vidas! O animal não faz as coisas erradas porque quer, mas hoje entendo que é do instinto dele. Ele também não sabe o que pode ou não fazer e a gente precisa dar os imputs certos para que tudo fique bem”
Solucionando os problemas
Pulos extravagantes
Agora a Belinha ainda dá os pulos, mas a família já sabe como lidar com esses pulos extravagantes. “O senhor Leônidas indicou que quando a gente chegar em casa e ela começar a pular muito, pra gente ignorar um pouco. Pois quanto mais atenção a gente der, mais ela vai pular. Quando ela se acalma, aí é que a gente brinca.”
Brincar de morder
“O mesmo vale para quando ela quer brincar de mordidinhas, não damos atenção: se estamos brincando e ela começa a moder, a gente para a brincadeira na hora. Quando ela se acalma, a gente enche de carinho para reforçar que isso é legal e mordida, não”
Os passeios
“Agora os passeios são muito mais divertidos. Aprendemos como podemos passear de forma agradável para nós e para ela. Aprendemos a ter liderança perante ela. O adestrador mostrou que os cachorros precisam nos ver como líderes para respeitar, caso contrário a gente perde o controle tanto nos passeios quanto em casa mesmo.”
Móveis roídos
“Os pés da mesa foram salvos graças aos brinquedos! Damos sempre brinquedos diferentes para que o interesse por eles não acabe e ela volte a roer pés de mesa. Nem sempre podemos comprar brinquedos novos, então pegamos alguns, guardamos e depois de um tempo apresentamos de novamente. Ela recebe como se fosse novo!”
Controle alimentar e da ansiedade
“Fazer com que a Bela consiga se alimentar de forma normal, a gente conseguiu com as dicas do senhor Leôncio: Colocamos a ração dentro de uma garrafa pet. Tem que fazer uns furos, tirar a tampa e rótulo, dessa forma o alimento vai saindo aos poucos e ela consegue comer mais devagar. Esse trabalho “extra” que ela precisa ter, controla a ansiedade e faz com que o animal se alimente de uma maneira mais adequada. Na pet shop, existe também umas bolinhas que já vêm com furos para ração e/ou petiscos. A gente usou esse brinquedinho também. Hoje, a Belinha já se alimenta de forma regular.”
Dica de OURO
Dica do adestrador: use óleo de citronela. O adestrador da Bela indicou spray de citronela onde você quer proteger dos roídos do cachorro. O cheiro não é amigável, então eles não chegam perto. Óleo de citronela, aliado aos brinquedos é igual casa intacta, livre de roedores caninos. 🙂
Mas atenção: apesar de existir um monte de repelete de mosquito a base de óleo de citronela, não use o repelente. Use apenas o óleo puro da citronela. Você deve encontrar em casas de produtos naturais da sua cidade.
Como a gente viu, a Carol estava bem assustada com o comportamento da Belinha. Eu também ficaria. Foi um perído bem complicado na vida de toda família e ainda tiveram que lidar com um bichinho muito sapeca. Mas a decisão de fazer as coisas darem certo foi o que mudou tudo. A Bela sempre foi amada, muito querida e esperada. O mau comportamento e o fato de terem perdido uma pessoa tão amada e querida é complicou as coisas.
Mas como vimos, com boa vontade, carinho, amor e o adestramento do sernhor Leônidas, as coisas se ajeitam. A Belinha e a Carol são grandes amigas e agora temos essa história linda pra contar. Ei, faltou eu mostrar quem é essa pequena levada da breca, né?
Imprevistos acontecem e eventualmente um mau comportamento, também. Antes de decidir pela devolução do bichinho ou em buscar um novo lar, que tal se inspirar na história da Carol?
Conta pra gente se você também já passou por uma situação em que foi levado a repensar a adoção, mas conseguiu contornar. Como a Carol, vamos inspirar boas histórias?
Até a próxima!