Rabisca: As delícias de adotar uma gatinha já adulta
Nesse exato momento, enquanto estou digitando, minha gatinha Rabisca está cochilando e ronronando no meu colo. Eu sei que esse nome “Rabisca” é horrível e minha princesinha merecia um nome melhor. Mas é que meu outro gatinho se chama Rabisco, por ser todo cinzento e descabelado – parece aqueles rabiscos que fazemos a lápis, sabe? E quando ela chegou, tão parecida com ele a ponto das pessoas se confundirem, foi todo mundo logo falando: “caramba, Rabisca!“ e pronto, ficou assim.
Pois bem, dadas as explicações, vamos ao que interessa. Tudo começou quando minha mãe recebeu um telefonema. Era de uma amiga, contando que a vizinha tinha falecido; e que a família tinha ido lá buscar as coisas da falecida, mas deixou pra trás… a gata dela! Vê se pode, uma gatinha que viveu a vida inteira na segurança e sossego de uma casa, de repente se viu na rua, sem comida, sem abrigo e sem o carinho de ninguém. E pior: já era uma gatinha idosa, ou seja, não teria a menor chance nas ruas! Minha mãe correu lá e a trouxe pra casa. E quando eu vi, foi amor à primeira vista: ela veio ronronando, rebolando e se esfregando em mim, pedindo colinho e carinho… irresistível! Corri pra mostrar pro meu marido, e ela jogou seu charme pra cima dele também. E pronto, lá vinha ela com a gente pro nosso apartamento, seu novo lar!
Mas a melhor parte é o seguinte: ela veio já idosinha, e isso fez toda a diferença na adaptação dela. Enquanto meu gatinho mais novo vive correndo pela casa e derrubando as coisas, ela cheirou o apartamento todo (que não é lá muito grande) e logo se aninhou perto da gente pra dormir. Enquanto eu me martirizava pensando que um apartamento tem pouco espaço pra um gato viver, descobri que, para gatos idosos, um apartamento sossegado é o paraíso!
E tivemos também outra surpresa: apesar de ter uma idade avançada, ela ainda adora brincar! É só pegar um cadarço e ficar agitando perto dela, que a bichinha fica louca correndo atrás e tentando pegar. Pra completar, ela NUNCA afiou as unhas no sofá. Temos um tapete de sisal, que é o arranhador oficial dela.
Por fim, é uma companheira pra ninguém botar defeito. Eu trabalho em home-office, e das 10 horas por dia que passo em frente ao computador, durante umas 5 ela está no meu colo. E na hora de dormir, ela se aninha com a gente e dorme toda encolhidinha – enquanto o Rabisco, meu gatinho mais novo, fica pulando pela cama sem deixar ninguém dormir (você sabe, gatos são bichos noturnos). Mas apesar de quietinha, ela também é muito simpática: quanto vem visita, ela corre logo pro colo delas.
Você deve estar pensando: “meu deus, essa menina deve odiar filhotes”. Não, pelo contrário. Já tive filhotes em casa e sei o quanto eles são fofinhos e divertidos, principalmente quando estão brincando. Mas também sei que eles miam à noite, são mais carentes, arranham o estofado e fazem muita bagunça. E principalmente, sei que justamente por conta disso, pessoas egoístas e irresponsáveis abandonam seus gatos diariamente: vêem aquele filhotinho lindo e charmoso e levam pra casa, mas quando começa a bagunça, mudam de ideia (fico pensando o que essas pessoas fazem com seus filhos quando eles se comportam mal – será que jogam na rua também?). Então resolvi dar esse depoimento, pra mostrar que adotar um bicho adulto é uma experiência maravilhosa. E não é só isso: eles são maioria nos abrigos, e são justamente os que têm menos chances de conseguir um lar. Logo eles, que são tão educados, carinhosos, calmos e – ao contrário dos que as pessoas pensam – se adaptam à nova casa com muito mais facilidade que um filhote.
Não sei por quantos anos a Rabisca ainda vai viver, mas garanto que ela estará sempre cercada de cuidados e muito carinho aqui em casa. E quando ela se for, vou adotar um outro idosinho, e depois outro, e depois outro. Meu pequeno apartamento vai ser pra eles o final feliz que todo gato abandonado merece ter.
Depois desse texto, que tal escolher seu novo amigo pensando nisso? Procure aqui os peludos que estão só esperando por você!
Valeria Giollo
Parabens pela sua idosinha, mas acho que vc foi escolhida por Deus e é uma sortuda…Deus te abençoe……
Natalia Kelbert
Valeria, sou mesmo!! :o) Obrigada!
Valeria Barretto
Natalia, eu também prefiro animal adulto. Em casa tenho 7 gatos eram 9 até dia 04/01/2012 e 8 até dia 05/10/2012, moro em apartamento também e eles são super felizes lá. Penso muito em adotar mais um, mas como a ferida da perda de 2 filhos está aberta, vou dar mais um tempo. Parabéns pelos seus filhotes, a Rabisca é linda, que ela seja muito feliz. Beijos
Natalia Kelbert
Ahh Valeria, essa ferida que fica é chata mesmo. Mas é bom saber que eles receberam amor e carinho até o fim de suas vidas… afinal, é isso que todo mundo quer, né? Daqui a pouco vc adota mais alguns pra dar o final feliz que eles merecem. ;o)
Glaucia
Ela é uma lady, né??? Linda, eu tbm penso que todos os gatos deveriam ter uma casa e alguem para ama-los pelo menos no final de suas vidas, mas a verdade e que gato e maravilhoso, e logo agente se apaixona! Eu não consigo imaginar inha vida sem meus trigatos.
Natalia - Amigo Não se Compra
Concordo plenamente com você!
Fabio
Bom dia
Aqui na empresa onde trabalho tem uma gata que vive aqui a mais de 10 anos, ela já apareceu adulta aqui na empresa nos achamos que ela tem em torno de uns 12 a 14 anos, ela fica em um deposito, ela é muito carinhosa, um pouco assustada, ela é castrada eu e meus colegas trazemos ração para ela enchemos ela de carinho. O problema é que infelizmente ela vai ter que ir embora aqui da empresa (decisão dos superiores), estava pensando em levar ela pra minha casa mas tenho medo que ela fuja e também por que tenho 3 daschunds que até são acostumados com gatos mas eles gostam de brincar com os gatos e por isso como essa gatinha nunca viu um cachorro nesse mais de 10 anos tenho medo que ela se assuste com eles e fuja.
Como faço para adaptar essa gatinha na minha casa.
Obs: Moro em casa com pátio e não tenho outros gatos em casa, eventualmente meus cachorros frequentam a casa tambem.
Natalia - Amigo Não se Compra
Nesse caso a melhor coisa é telar a casa, sendo as janelas ou os muros, para que ela não fuja. E separar um quartinho ou um cantinho só dela para ficar por uns dias, até ir ganhando o resto da casa aos poucos. Isso fará com que ela se sinta mais segura (pois o quarto ficará com o cheirinho dela) e também vai permitir que os cachorros se acostumem aos poucos com a presença que eles forem percebendo. Boa sorte!
Renata
Apareceu um gato aqui em casa, estou dando comida a ele, porém nao posso ficar com ele, pois a minha casa nao tem espaço. Ele é um amor… Procuro uma pessoa que esteja a fim de receber muito carinho e amor, para adotar o frajola.
Renata
Obs: Sou de Nilópolis RJ
Fabiana Xavier
Olá, Renata!
Você pode se cadastrar aqui: http://www.amigonaosecompra.com.br e na mesma hora já conseguirá divulgar o gatinho.
Aqui tem algumas dicas sobre como cuidar do bichinho e conseguir adotante para ele: https://blog.amigonaosecompra.com.br/resgatei-um-animal-o-que-fazer
Um abraço!