Responsabilidade afetiva pet, você sabe o que é?

Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida, já dizia Caetano Veloso em sua música. Mas o que será que cabe no cuidar? É suficiente para um animal ter apenas água fresca e ração? É sobre isso que vamos falar hoje.

Eu tenho um amigo que em 4 anos já teve uns 3 gatos, 4 cachorros e uma calopsita. Todos os animais tinham um “problema”. Dos gatos, um era muito peludo e deu alergia, o outro subia em tudo e por aí vai. Dos cachorros, um latia muito, o outro era destruidor, o outro as crianças não gostavam, etc. A calopsita, até onde lembro era sem graça. E por esses dias ele comprou mais um cachorro. Agora ele e a esposa estão pensando no que fazer pois querem viajar por umas semanas.

Toda essa história real, e absurda, me fez pensar sobre o quanto as pessoas sabem sobre responsabilidade afetiva animal. Esse meu amigo, por exemplo, doou os animais. Nunca faltou alimento, cuidados médicos ou mesmo brinquedos. Mas será que cabe um animal na rotina da família deles?

Responsabilidade afetiva

Por definição, podemos dizer que responsabilidade afetiva é quando você se responsabiliza pelo sentimento e pelas expectativas que cria nos outros, independente da relação ser romântica ou não. 

Como os animais, enfim, foram considerados seres sencientes (isso significa que são dotados de sentimentos, sensibilidade e que são capazes de sentir e demonstrar as suas emoções) não ficou margem para dúvidas de que sofrem ao serem abandonados, devolvidos, doados ou ignorados dentro do próprio lar.

Já pensou viver em um lar onde te dão comida, água, mas ninguém fala com você, ninguém interage ou pergunta como você está? É impossível ser feliz assim. Nós precisamos de mais que coisas materiais para viver, precisamos de amigos, de alguém que se importe com nossas dores, que se alegrem com nossas conquistas e liguem para ouvir nossa voz. Será que estou sendo muito romântica? Tudo bem, não precisa ligar para ouvir nossa voz, mas é fato que coisas não fazem pessoas.

Adoção responsável

O fato de você poder adotar, se arrepender e poder encontrar um outro lar para o bichinho, não significa que deve fazer isso de forma indiscriminada. Animais não são coisas. Você não pode sair adotando e depois devolver para o abrigo porque se arrependeu, como faz quando compra uma blusa e devolve porque em casa provou de novo e viu que o caimento não é tão bom assim (é sempre culpa do espelho da loja, mas isso é outro papo). É claro que você pode adotar e devolver caso haja algum problema, pode encontrar um novo lar para ele se alguma coisa acontecer, mas isso não deve jamais ser a primeira opção ou se torar um hábito. Uma adoção é sinônimo de responsabilidade de bem-estar, cuidado físico, mas também cuidado emocional.

Seu pet vai adoecer, vai envelhecer, você vai precisar viajar, pode ser que engravide, mude de casa ou mesmo de cidade e precisa estar ciente que ele vai precisar de você em todos esses momentos e muitos outros que a gente nem imagina!

A gente tem um montão de post falando sobre como escolher um animalzinho, como decidir entre cães e gatos, temos parcerias que te ajudam a cuidar da saúde deles também, enfim, temos muita coisa legal que você pode conferir aqui ou mesmo compartilhar com quem está precisando ler para decidir se é o melhor momento para adotar ou como escolher um amigo para chamar de seu.

Um bom tutor

Fonte: Instagram @ricardofrancasp

A verdade é que não necessitamos de muito para ser um bom tutor, pois como sempre, as melhores coisas da vida estão nos detalhes e pequenos gestos.

Você vai precisar cuidar do bem-estar físico dele cuidando da saúde, alimentando, oferecendo água limpa e fresca.

O bem-estar emocional fica por conta do carinho, amor, passeios (no caso dos cães) e um enriquecimento ambiental com um lugar para descansar a sua beleza e brinquedos.

Responsabilidade afetiva para saber que ao adotar você vai ter um companheiro por pelo menos 15 anos. É um tempo muito curto para se importar se ele late demais ou solta pelos pela casa toda, concorda? No mais, muitas dessas coisas que são relatadas como problemas podem ser resolvidas com ajuda.

Antes de desistir do seu bichinho, converse com o protetor que cuidou dele antes de você. Também é importante buscar ajuda com um médico veterinário, pois algumas ações podem ser reflexo de dores e outros problemas de saúde. Além disso, você pode contar com um especialista comportamental (adestrador) que certamente vai conseguir te ajudar. E claro, em nosso blog você encontra muitos conteúdos que vão te ajudar nessa jornada de ser um tutor cada vez melhor para seu amigo de quatro patas.

Agora me diz aqui nos comentários: como anda esse relacionamento aí com o seu amigão?

Conhece alguém que precisa melhorar na responsabilidade afetiva pet? Manda esse post pra ela!

Até a próxima!

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