Tigre: aonde você for, eu vou!

Quando eu era casada, vivíamos com o Tigre, um fila enorme de quase 100 kg. Apesar do tamanhão, o Tigre era um doce, querido por todos e muito manso. Nós vivíamos em Manaus, em uma casa com um quintal grande, com muito espaço pra ele correr.

Mas quando me divorciei, voltei para o Rio de Janeiro. Não tive dúvidas de que iria trazer o Tigre pra morar comigo, mas vim primeiro e fiquei no apartamento da minha irmã até achar um local que fosse bom pra mim e para o Tigre.

Só que antes do previsto, meu ex-marido me ligou dizendo que o Tigre estava com depressão, e por conta disso já estava há dias sem comer. Eu nunca soube se era verdade ou se foi uma desculpa pra me enviar logo o cão – mas nem quis arriscar. Na mesma hora paguei a passagem do Tigre pra ele vir pro Rio.

Como ainda estava hospedada no apartamento da minha irmã (um conjugado) definitivamente não havia espaço pra ele ali. Mas eu tinha certeza de que teria uma solução pra isso. Nessa hora, ouvi de tudo: desde pessoas dizendo que queriam ficar com ele (como era bem manso, era muito querido por todos) até outras que diziam “dá veneno pra ele e se livra do problema”. Absurdo, né? Mas as pessoas falavam tudo isso achando normal, e todos concordavam que eu é que era a louca por não abrir mão de ficar com ele, já que estava numa situação tão instável ainda. Mas eu jamais abriria mão. O Tigre era o meu cachorro, meu amigo, e eu ficaria com ele até o fim.

Quando ele chegou no Rio, alguns amigos que tinham quintal se revezaram pra cuidar dele até que eu arrumasse uma casa pra nós dois. Até que aluguei uma casinha charmosa no Alto da Boa Vista, que tinha um ótimo quintal pra ele correr e gastar toda a energia (que ele tinha de sobra!). Meu pai também era louco pelo Tigre, e sempre me ajudou a cuidar dele – por exemplo, levando o grandalhão no veterinário.

Morei com ele até sua morte, quando entreguei a casa e fui morar em um apartamento pequeno. Eu nunca o abandonaria. Ele foi meu filho na vida… Não me arrependo de nada, faria tudo de novo!

Ana Maria Lobo

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7 Comentários

  1. acho bonito o qui vocês faz deus abençoi todos vocês pode ter certeza qui cada um de vocês tem um lugazinho no ceú

  2. eu quero adotar uma cadela se possível, ou cachorro com espirito de vigiar porta,ok. e manso com o dono,ok.

    me comunica com um e-mail,ok.

    • Natalia Kelbert

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      Mas é importante ter em mente que, independente do temperamento, ele precisará receber todos os cuidados necessários. Até mesmo um cão manso pode ficar agressivo se não for bem cuidado pelo seu responsável. Também é importante que você se comprometaa sempre cuidar dele, mesmo quando ele ficar velhinho ou doente e não puder mais vigiar a porta, por exemplo. Afinal, adoção é coisa séria: é pra amar e respeitar na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença… 🙂

      Dá uma pesquisada neste link que mandei, e boa sorte!

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